Definições técnicas

Bicho meio louco e de hábitos pouco comuns. Tem como habitat natural à lama, as pedras e algumas vezes poeira , onde não se sente bem ao menos quando está rodeado de “homens” ao seu lado compartilhando o mesmo sentimento de liberdade. Alimenta-se principalmente de um líquido dourado, espumante, chamado de cerveja; sai de casa normalmente em bandos e adora chuva.
Indivíduo geralmente desprovido de dinheiro que desenvolve fortes sentimentos por motocicletas barulhentas e lugares incomuns e de difícil passagem.

Tipos de tombos

TIPO Nº 1 – O COICE DA MULA:

O piloto(?) vem desembestado descendo uma trilha aparentemente lisa, de repente surge um pequeno degrau. O piloto levanta a frente da moto e passa a roda dianteira. Quando pensa que está salvo, o pneu traseiro dá uma pancada violenta no degrau, a traseira levanta até o piloto poder ver o chão de um ângulo completamente inédito: A um palmo do nariz.
Depois que o piloto cai e pensa que está numa pior, vem a moto e cai por cima, espalhando pedaços de moto e de piloto um raio de 50 metros.

Prevenção:
Jamais esqueça que a moto tem duas rodas, a da frente e a trás, mas não necessariamente nesta ordem.

Tratamento:
Peque as peças que sobraram do piloto, abra um mapa de anatomia e com ajuda de muitos tubos de SuperBonder tente colar tudo de novo no lugar certo. Se não der certo tente uma eutanásia completa.

TIPO Nº 2 – OI, VOCÊ POR AQUI?

Acidente cada vez mais comum nas trilhas em função da quantidade de trilheiros. Um piloto vem acelerando uma barbaridade (o famoso cabo enrolado!!!) numa curva.
Do outro lado da curva, sem sentido contrário, outro piloto vem mais radical ainda. Os dois se encontram num ponto comum da curva, chamado TINHAGENTE. Como nenhum dos dois é fruto de imaginação do outro, a porrada é espetacular.

Prevenção:
Mantenha-se sempre a sua direita, mesmo em curvas radicais.

Tratamento:
Depois do fiscal do seguro decretar perda total, pegue, separadamente, o que sobrou de cada piloto e de cada moto, coloque num saco e entregue ‘as respectivas famílias.

TIPO Nº 3 – VOLTA, VEM VIVER OUTRA VEZ AO MEU LADO:

O Tombo característico dos iniciantes são as subidas. O cenário é uma subida íngreme, que piora no final. O piloto pega velocidade, entra no morro em segunda marcha, a moto começa a perder velocidade, o Roia então reduz para a primeira e a moto dá uma empinada, o cara assusta, arregala os ZÓIO e enrola o cabo fazendo assim a moto completar um giro de 180 graus, ficando com a roda dianteira apontada para baixo.
O piloto solta das manoplas e pula, mas…. mais que de repente vê a moto, que por sua vez começa a descer na direção do dono numa razão de aceleração de nove metros por segundo ao quadrado (um pouco menos que os 9,8 m/s2 do Issac Newton).

Prevenção:
Escolha bem as marchas antes de encarar o subidão.

Tratamento:
Análise com psicólogo da linha Soichiriana que estuda os motivos dessa súbita síndrome das fugas das motos.

TIPO Nº 004 – PERNA PRA QUE TE QUERO DE VOLTA:

Costuma acontecer com trilheiros Roias metidos a piloto de cross. Numa curva radical, o piloto coloca a perna do lado interno da curva para fora, com o pé rente ao chão, mas não vê a ponta de um iceberg (?) feito do mais puro e duro granito se exibindo fora da terra. O pé bate no granito parando imediatamente, mas o piloto junto com o que sobrou do seu corpo continua andando. Como os músculos e juntas da perna têm um limite de extensão, logo o piloto descobre que está com uma perna 10 centímetros mais comprida do que a outra e calçando 41 num pé normal e 44 bico largo num pé dolorido.

Prevenção:
Só tire os pés da pedaleria quando necessário e observe bem o terreno.

Tratamento:
Tire o pé da bota pelo lado que ela entrou. Se não der, corte-a para ficar mais fácil e aumentar os prejuízos. Pegue bastante gelo e Whisky, ponha todo o gelo no pé gordinho e beba Whisky quente, você merece!!!

Fonte:desciclo.pedia.ws (texto adaptado)

Você que leu até o final terá o prazer de assistir este vídeo!